TRADUÇÃO

sábado, 11 de setembro de 2010

A gente quer respeito e qualidade na TV que a gente vê!


A TV, como meio de comunicação, é tão importante para a humanidade que seu desenvolvimento não pode ficar restrito à sorte do mercado ou da tecnologia. É necessário criar condições efetivas para que este meio poderoso contribua para a realização dos valores essenciais da humanidade.

Há uma década atrás, foi lançado – e assinado por personalidades como Dalai Lama e sócios da ABEPEC, Associação Brasileira das Emissoras Públicas, Educativas e Culturais - o “Manifesto por uma Televisão para a Educação e a Cultura” , que recebeu o apoio irrestrito no mundo. Como sua atualidade o valida, neste artigo transcrevo sua essência, acreditando que possa interessar a pais e professores.


Súmula do Manifesto

1. A televisão, o meio de comunicação mais poderoso da atualidade, não pode limitar-se a ser uma indústria ou um simples negócio, seguindo exclusivamente a lógica do mercado de bens e serviços;
2. Deve sustentar e apoiar a educação, ampliando o conhecimento e contribuindo para o desenvolvimento do indivíduo e da coletividade, proporcionando o contexto adequado à sustentação dos valores educativos;
3. Deve cumprir a função de difusão e estímulo da criação e do conhecimento;
4. Deve ser um instrumento da formação ao longo da vida; Deve proporcionar serviços ao ensino e à formação;
5. Deve estar ao serviço da arte, de seu conhecimento e difusão; Deve estimular a criatividade e a imaginação;
6. Deve estar a serviço de uma cidadania democrática; Deve realizar a pedagogia da participação e do exercício dos direitos humanos;
7. Deve promover a riqueza da diversidade cultural e de crenças;
8. Deve estar a serviço do encontro e do descobrimento entre os povos, as pessoas e as culturas.
9. Como conseqüência de tudo isto, a televisão tem um compromisso com a qualidade dos valores que promove, com a qualidade dos produtos que difunde e com a veracidade.

Para consolidar estes princípios e valores os parlamentos e poderes legislativos devem assentar as bases jurídicas do serviço educativo-cultural da televisão de acesso universal, assegurando sua existência e desenvolvimento. Os governos e instituições governamentais devem financiar ou subvencionar o serviço público de televisão para a educação e a cultura.

Os poderes regionais e locais devem incentivar a televisão educativo-cultural como um instrumento idôneo para o apoio ao patrimônio cultural próprio e o estímulo à riqueza da diversidade, tornando compatível a multiculturalidade. Os organismos internacionais de cooperação e de desenvolvimento devem apoiar seu desenvolvimento e utilizar como veículo privilegiado de suas iniciativas e programas transnacionais.

As instituições educativas e as vinculadas ao mundo da formação devem ter assegurada a sua participação efetiva na televisão educativo-cultural. E o sistema educativo e formativo _ em toda sua extensão _ deve promover a educação para a mídia e, especialmente, a educação em televisão, como um instrumento prático para o desenvolvimento da autonomia do espectador o que no fim da conta reverte em benefício da televisão educativo-cultural e da qualidade da televisão em geral. Pensem nisso! Namastê!

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