TRADUÇÃO

sábado, 2 de outubro de 2010

NÃO DEIXE QUE MAUS POLÍTICOS DESTRUAM A SUA FÉ



         Deixar de votar ou votar em branco é sinônimo de abrir espaço à corrupção, ao caudilhismo e à tirania. É rejeitar a democracia como meio legítimo e pacífico de conquistas sociais. No próximo dia 3, é preciso não se iludir com o marketing, que aplica aos candidatos uma parafernália de ‘cosméticos’, capaz de transformar ‘lobo’ em ‘chapeuzinho vermelho’ ou ‘vovozinha’. Todos na mídia ficam muito simpáticos, confiáveis e dispostos ao mais imaculado desempenho se forem eleitos.
         Vamos investigar a vida dos candidatos, suas idéias, seus atos, sua ética. Vamos levantar a cabeça acima das bandeiras mentirosas dos políticos, porque precisamos deles nas instituições, que devem ser firmemente fiscalizadas por todos nós.
         Você já se perguntou por que só algumas pessoas são cidadãs de primeira categoria? Quais as causas da fome, da miséria, da violência, das drogas? Por que os impostos são tão altos e há ainda tanta falta de saneamento básico? Por que não se investe em Educação e em Saúde? Por que o Brasil não é de todos os brasileiros?
          Nestas eleições, leve tudo isto em conta. Desconfie dos políticos que trazem o peito estofado e o olhar arrogante, não vote em quem só anda com ricos e poderosos. Nesta eleição  observe os projetos do partido e do candidato, mas olhando para trás e verificando se este partido já realizou algo semelhante antes. E, evidentemente, a pessoa em questão. Ninguém vira socialista de uma hora para outra, tenham a certeza absoluta. 
         Cuidado com os alpinistas sociais, eles inventam uma biografia toda pontuada de pobreza, de sacrifício, de boas intenções, com as mãos nos ombros dos futuros eleitores, olhos nos olhos, tapinha nas costas e no colo a criança mais ‘ranhenta’ que acharem nas cercanias.
         Eles adoram dizer-se filhos de operários, grandes lutadores que suaram a camisa para chegar aonde chegaram. Foram engraxates, balconistas. Iam para a escola sem sapato, sem meia, com fome. Estes são talvez os piores dentre a classe, por que são aqueles que ao serem eleitos ascendem socialmente e começam a fazer voltas para não atender a um só pobre. Nunca mais são achados nos seus gabinetes, que falavam que estariam sempre com as portas abertas.
         Vamos lembrar, nas eleições deste domingo, que todos os detalhes de nossa vida resultam da qualidade da política que predomina no país. Não adianta fugir dela! O alimento que ingerimos, o transporte que utilizamos, o salário que recebemos, os cuidados de Saúde, a Educação, o próprio lazer, enfim, a qualidade da cidadania que exercemos. Seu voto pode alterar as injustiças que fazem conosco.
         O voto é a nossa arma! Consulte o seu coração diante da urna, ele  sabe qual é o voto certo para  eleger homens e mulheres imbuídos de uma visão humanista, pessoas que achem imprescindível a dignidade, a tal ponto que vivam na luta para estendê-la a todos os homens e mulheres adultos e a todas as crianças. Vamos eleger políticos que na sua história de vida carreguem uma lista de bons serviços prestados à humanidade. Que Deus abençoe a todos os eleitores e aos políticos de boa vontade, nesta eleição! Namastê!

sábado, 25 de setembro de 2010

Educar a emoção pode ser a chave do sucesso na educação



        Vida afora, lembramos com muitos detalhes de tudo que foi muito  - ou pouquíssimo - prazeroso para nós. Tudo o que somos, pensamos e o universo de nossas emoções se produz a partir da memória. Cada idéia, reação ansiosa,  sentimento de amor ou desamor, nos integrará. Quanto maior o volume emocional, maior a chance de ser registrada, explica o psiquiatra Augusto Cury, em Pais Brilhantes & Professores Fascinantes.
Mesmo alunos bem preparados podem ir mal numa prova, se estiverem ansiosos. Ao estimularmos  a emoção dos alunos, desaceleramos seus pensamentos, melhoramos sua concentração e auxiliamos o registro privilegiado da memória. O autor apresenta na obra citada dez ferramentas psicopedagógicas que podem ser aplicadas na sala de aula. Envolvem,  basicamente,  mudanças no ambiente social e psíquico dos professores e objetivam formar pensadores, pela via da educação da emoção, da auto-estima, da solidariedade, da tolerância, da habilidade de trabalhar perdas e frustrações. 
1ª) música ambiente na sala de aula, para desacelerar o pensamento, aliviar a ansiedade, melhorar a concentração, desenvolver o prazer de aprender, educar a emoção, melhorar a qualidade do registro na memória do que está sendo trabalhado.
2ª) dispor os alunos em círculo ou em u, para desenvolver a segurança, a educação participativa, diminuir conflitos e conversas paralelas. O enfileiramento é profundamente lesivo aos alunos, causa distração, obstrui a inteligência, destrói a espontaneidade e a segurança para expor as idéias. 3ª) exposição interrogada: a arte da interrogação, com o objetivo de aliviar a SPA, Síndrome do Pensamento Acelerado, reacender a motivação, desenvolver o questionamento, enriquecer a interpretação de textos e enunciados.
4ª) exposição dialogada: a arte da pergunta, desenvolve a consciência crítica,promove o debate, estimula a educação participativa, supera a insegurança, debela a timidez e melhora a concentração.
 5ª) ser um contador de história, para desenvolver a criatividade, educar a emoção, estimular a sabedoria, expandir a capacidade de solução em situações de tensão, socializar.
6ª) humanizar o conhecimento, buscando estimular a ousadia, promover a perspicácia, cultivar a criatividade, incentivar a sabedoria, expandir a capacidade crítica, formar pesadores.
 7ª) humanizar o professor: cruzar sua história, desenvolvendo a socialização, estimulando a afetividade, construindo uma ponte produtiva nas relações sociais, estimulando a sabedoria, superando conflitos, valorizando o “ser”.
8ª) educar a auto-estima: elogiar antes de criticar, educa a emoção e a auto-estima, vacina contra a discriminação, promove a solidariedade, resolve conflitos em sala de aula e filtra estímulos estressantes.
 9ª) gerenciar os pensamentos e as emoções, tentando resgatar a liderança do eu e prevenir conflitos.
10ª) participar de projetos sociais, para  desenvolver a responsabilidade social, a cidadania, cultivar a solidariedade, expandir a capacidade de trabalhar em equipe na educação para a saúde, para a paz, para os direitos humanos. Gostei do livro e sugiro a leitura a todos os professores. Namastê!

sábado, 18 de setembro de 2010

INCLUSÃO: abra seu coração e sua mente para esta idéia contagiante!



             O planeta Terra deve ter atualmente 7 bilhões de habitantes. Destes, cerca de 600 milhões tem uma ou outra deficiência: física, auditiva, visual ou mental. Segundo a OMS, 80% deles  vive  em países em desenvolvimento;  e um terço é formado por crianças. Como na maioria destes  países não há ainda um sistema gratuito de saúde, que atenda a demanda exigida por qualquer tipo de deficiência, a OMS estima que 90% destas crianças não atingirão os 5 anos de idade.

              Você sabia que ao ser concebido  tinha 3%  de possibilidade de ter nascido com algum tipo de comprometimento, em maior ou menor grau? Mesmo tendo nascido normal,  ao longo de nossas vidas, corremos o risco  de  nos tornarmos deficientes em alguma área,  se tivermos uma a doença debilitante, como a paralisia infantil, a meningite, o diabetes, um derrame cerebral, um aneurisma,  ou  se   sofrermos algum acidente grave, que resulte num AVC.

            Diante destes dados, é bom olhar com respeito e solidariedade para os PNE, se não por humanidade, porque poderemos estar olhando para o nosso futuro ou de algum descendente nosso, que ainda nem chegou a esta sociedade, que insiste em ser segregacionista e preconceituosa.

            Quem não lembra do ator Christopher Reeve, que interpretava o Super-homem e ficou tetraplégico ao cair de um cavalo? Longe das telas hoje ele é um dos principais ativistas na luta pelo direito à reabilitação de todos os cidadãos que se tornaram deficientes. E do João do Pulo, atleta olímpico brasileiro, que perdeu a perna num acidente de carro? E o compositor e músico Herbert Viana, do Paralamas do Sucesso, que teve aquele acidente de avião ?

            Há ainda outros bem conhecidos nossos: Einstein, que descobriu a teoria da relatividade,  não falou até os 4 anos de idade e só foi ler aos 11.  Bethoven, que deixou-nos uma obra musical das mais valiosas sobre a face da terra, era surdo. Thomaz Edson, o inventor da lâmpada, foi retirado da Escola (que o considerava anormal, por possuir uma cabeça muito grande) e sua mãe passou a ensiná-lo em casa.  Aghatha Cristie, a mais famosa escritora policial de todos os tempos, ditava seus best-sellers para um gravador ou para uma secretária, por ser portadora de dislexia. Luiz Brailler, o inventor do método que leva o seu nome, era cego.  O artista plástico mineiro, Francisco Lisboa, conhecido como  Aleijadinho, produziu sua monumental obra com os tocos de mãos (destruídas pela lepra)  enrolados em panos. Evidente que nem todo o deficiente é um gênio, mas entre os ditos normais a percentagem  não é maior.
           
            Percebam o quanto é apaixonante o tema inclusão! Nós os  humanos somos seres muito especiais, com ou sem genialidade, e merecemos ser tratados com muito carinho, atenção e solidariedade. Vamos lutar para que a inclusão se instale em todos os recantos da sociedade,  sobremaneira nas escolas, preventivamente, evitando que ainda na infância o preconceito contra seu semelhante já grasse. Lembremos que o conceito de deficiência está diretamente relacionado com as limitações do indivíduo e as barreiras impostas a ele pelo meio ambiente. Pensem nisto! Namastê!

sábado, 11 de setembro de 2010

A gente quer respeito e qualidade na TV que a gente vê!


A TV, como meio de comunicação, é tão importante para a humanidade que seu desenvolvimento não pode ficar restrito à sorte do mercado ou da tecnologia. É necessário criar condições efetivas para que este meio poderoso contribua para a realização dos valores essenciais da humanidade.

Há uma década atrás, foi lançado – e assinado por personalidades como Dalai Lama e sócios da ABEPEC, Associação Brasileira das Emissoras Públicas, Educativas e Culturais - o “Manifesto por uma Televisão para a Educação e a Cultura” , que recebeu o apoio irrestrito no mundo. Como sua atualidade o valida, neste artigo transcrevo sua essência, acreditando que possa interessar a pais e professores.


Súmula do Manifesto

1. A televisão, o meio de comunicação mais poderoso da atualidade, não pode limitar-se a ser uma indústria ou um simples negócio, seguindo exclusivamente a lógica do mercado de bens e serviços;
2. Deve sustentar e apoiar a educação, ampliando o conhecimento e contribuindo para o desenvolvimento do indivíduo e da coletividade, proporcionando o contexto adequado à sustentação dos valores educativos;
3. Deve cumprir a função de difusão e estímulo da criação e do conhecimento;
4. Deve ser um instrumento da formação ao longo da vida; Deve proporcionar serviços ao ensino e à formação;
5. Deve estar ao serviço da arte, de seu conhecimento e difusão; Deve estimular a criatividade e a imaginação;
6. Deve estar a serviço de uma cidadania democrática; Deve realizar a pedagogia da participação e do exercício dos direitos humanos;
7. Deve promover a riqueza da diversidade cultural e de crenças;
8. Deve estar a serviço do encontro e do descobrimento entre os povos, as pessoas e as culturas.
9. Como conseqüência de tudo isto, a televisão tem um compromisso com a qualidade dos valores que promove, com a qualidade dos produtos que difunde e com a veracidade.

Para consolidar estes princípios e valores os parlamentos e poderes legislativos devem assentar as bases jurídicas do serviço educativo-cultural da televisão de acesso universal, assegurando sua existência e desenvolvimento. Os governos e instituições governamentais devem financiar ou subvencionar o serviço público de televisão para a educação e a cultura.

Os poderes regionais e locais devem incentivar a televisão educativo-cultural como um instrumento idôneo para o apoio ao patrimônio cultural próprio e o estímulo à riqueza da diversidade, tornando compatível a multiculturalidade. Os organismos internacionais de cooperação e de desenvolvimento devem apoiar seu desenvolvimento e utilizar como veículo privilegiado de suas iniciativas e programas transnacionais.

As instituições educativas e as vinculadas ao mundo da formação devem ter assegurada a sua participação efetiva na televisão educativo-cultural. E o sistema educativo e formativo _ em toda sua extensão _ deve promover a educação para a mídia e, especialmente, a educação em televisão, como um instrumento prático para o desenvolvimento da autonomia do espectador o que no fim da conta reverte em benefício da televisão educativo-cultural e da qualidade da televisão em geral. Pensem nisso! Namastê!

sábado, 4 de setembro de 2010

O PREPARO CIENTÍFICO DOS PROFESSORES DEVE COINCIDIR COM SUA RETIDÃO ÉTICA


 A Escola de especial qualidade para todos, projetada no limiar da escola inclusiva, deve estar atenta ao investimento afetivo nas relações que se estabelecem dentro dela.

As relações na escola precisam ser estabelecidas em meio à grande quantidade de respeito, de ética e de carinho. Relações afetas à construção da cidadania, à construção de aprendizes capazes de inventar, de criar, de renovar e de descobrir fórmulas de promover a própria vida, ao apropriar-se dela com as suas mãos.

A criança deseja e necessita de: ser amada, ser aceita, ser acolhida e ser ouvida, para que possa despertar para a sua curiosidade e desejo para o aprendizado. Seria impossível entender o desenvolvimento da inteligência sem um desenvolvimento integrado e convergente dos próprios interesses e amores por aquilo que a criança olha, toca e alimenta a sua curiosidade.

Aprendizagem e afetividade caminham juntas, lado-a-lado e auxiliam na autonomia do aluno. A educação da escola especializada em todos os alunos deve ser semelhante ao que Freire nos ensinou, pois formar é muito mais do que puramente “treinar” o educando no desempenho de destrezas.

A afetividade não se acha excluída da cognoscibilidade. O professor não pode, é claro, permitir que a sua afetividade interfira no cumprimento ético do seu dever. Não se pode, por exemplo, condicionar a avaliação do trabalho escolar de um aluno ao maior ou menor bem querer que tenha por ele.

Ética enquanto marca da natureza humana é algo absolutamente indispensável à convivência sadia e amorosa dos seres humanos e evidentemente não pode faltar na escola, ao contrário, tem que ser sua marca registrada. Como o pequeno grande mestre defendia, os educadores não podem se assumir como sujeitos da procura, da decisão, da ruptura, da opção, a não ser assumindo-se como sujeitos éticos.

Da mesma forma, ensinar, está ligado à reflexão crítica sobre a prática, pois é pensando criticamente sobre a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a de amanhã. Estabelecer uma “intimidade” entre os saberes curriculares fundamentais aos alunos e a experiência social que eles trazem como indivíduos é fundamental, pois ensinar, implica em rejeição à qualquer forma de discriminação, que ofenda a substantividade do ser humano e negue a democracia.

Sintetizando: ensinar exige estética e ética, decência e boniteza de mãos dadas, no dizer de Paulo Freire. Que os homens e mulheres de boa-vontade, que envergam a camiseta de bons professores, ocupem estes lugares, freireana e veementemente, esperamos! Pensem nisso! Namastê! 

sábado, 28 de agosto de 2010

Lute para ser mais do que um bom professor!



Augusto Cury em Pais brilhantes & Professores fascinantes comenta que a tarefa de educar se compara a de um artesão da personalidade, um poeta da inteligência. Por mais que a tecnologia venha a se superar, mais do que nunca os educadores, apesar de suas dificuldades, são insubstituíveis. A gentileza, a solidariedade, a fraternidade, a ética, a tolerância, a inclusão, os sentimentos altruístas não podem ser ensinadas por máquinas.

Dentre as tarefas de um professor fascinante, está a de educar a emoção – a sua e a dos seus discípulos. Precisamos formar jovens que tenham uma emoção rica, protegida e integrada.

Fôssemos todos educados nesta área, e não teríamos os psicopatas em profusão, os insensíveis, que machucam e não medem as conseqüências dos seus atos, por que nada sentem. Os hipersensíveis, que se doam além dos limites, mas não possuem proteção emocional para si mesmos. Os alienados, que não ferem e, no entanto, não querem nada com nada, sem metas, sem futuro, sem sonhos, deixam-se levar pela vida....

Além de educar a emoção, precisamos ensinar os alunos a serem pensadores e não repetidores de informação. Um bom professor se preocupa com as notas dos alunos, já um professor fascinante se preocupa em tranformá-los em engenheiros de idéias.

O psiquiatra alerta aos professores, que diante de uma ‘crise’ professor-aluno, a melhor resposta nestas horas é não dar resposta alguma. É o silêncio! Respirar fundo e surpreender a classe com gestos inesperados. Levá-los, com suas palavras, e coração aberto, a pensar, a mergulharem dentro de si. Não é fácil, mas é possível! Com a emoção tensa obstrui-se a construção de cadeias de pensamento e agimos por instinto, não com a inteligência, mas como animais.

Professores fascinantes são promotores de auto-estima. Dão atenção especial aos alunos tímidos e aos desprezados pelo grupo, pois percebem que estes poderão ficar encarcerados em seus traumas.

Cury aponta 7 pecados capitais cometidos entre os educadores: Corrigir publicamente um aluno é o primeiro, gera traumas que controlam as vítimas por toda a vida. A pessoa que erra deve ser mais valorizada do que o erro. O segundo é expressar autoridade com agressividade. O terceiro é ser excessivamente crítico, o que obstrui a infância ou adolescência. Punir quando se está com raiva e colocar limites sem dar explicações é o quarto pecado.

O quinto, é ser impaciente ou desistir de educar, não acreditando nas potencialidades do aluno. Os alunos insuportáveis é que testam o nosso humanismo, pois por trás de cada aluno arredio ou agressivo há uma criança implorando afeto. O sexto pecado é não cumprir a palavra dada. Perde-se a confiança e confiança perdida dificilmente é restaurada... E o sétimo, e maior pecado cometido pelos educadores, na concepção de Cury, é a destruição da esperança e dos sonhos dos nossos alunos.

Os jovens que perdem a esperança têm enormes dificuldades para superar seus conflitos, por menores que sejam. Os que perdem seus sonhos são opacos, não tem brilho, gravitam em torno de suas misérias emocionais e nada produzem. Sejamos, pois, conscientes do que ‘construímos’ em nossas salas de aula. Pense nisso! Namastê!

sábado, 21 de agosto de 2010

Enquanto supersônicos atravessam o céu, crianças surfam na internet, a Educação risca a giz suas lições no quadro-negro...


 Sobretudo em conseqüência da informatização e do processo de globalização das telecomunicações a ela associado, o conhecimento passou a ser o grande capital da humanidade. A par de sua capitalização, tornou-se básico  para a sobrevivência e por isso precisa ser disponibilizado a todos. Esta é a função das  instituições que se dedicam ao conhecimento, apoiadas nos avanços tecnológicos.


As novas tecnologias nos permitem acessar não apenas conhecimentos transmitidos por palavras, mas também imagens, sons, fotos, vídeos, etc. Sob uma perspectiva transformadora, cabe à escola na sociedade informacional, a organização de um movimento global de renovação cultural, aproveitando-se de toda essa riqueza de informações. 


Nos últimos anos a informação deixou de ser uma área ou especialidade, para tornar-se uma dimensão de tudo, transformando profundamente a forma como a sociedade se organiza. Pode-se dizer que está em andamento uma Revolução da Informação como ocorreu no passado a Revolução Agrícola e a Revolução Industrial.


A escola não pode ficar a reboque das inovações tecnológicas. Ela precisa ser um centro de inovação. Nós temos uma tradição de dar pouca importância à educação tecnológica, a qual deveria começar já na educação infantil. Os que defendem a informatização da educação sustentam que é preciso preservar ao cérebro humano somente o que lhe é peculiar: a capacidade de pensar.

Os sistemas educacionais,  em geral, ainda não conseguiram avaliar suficientemente o impacto da comunicação audiovisual e da informática, seja para informar, seja para bitolar ou controlar as mentes. Trabalhamos muito, ainda, com recursos tradicionais, que têm pouco apelo para as crianças e jovens. A cultura do papel está muito arraigada ainda entre educadores - desconhecida pelos estudantes mais jovens, que dominam uma nova forma de se comunicar e apreender o mundo.  


Mas, se por um lado ingressamos na era do conhecimento, temos que admitir que grandes massas da população estão  excluídas dele.  Muito  embora estejamos vivenciando o predomínio da difusão de dados e informações e não de conhecimentos. Mas graças às novas tecnologias estes  vão sendo estocados, muito rapidamente, de forma prática e acessível, em gigantescos volumes de informações, armazenadas, inteligentemente, permitindo a pesquisa e o acesso de maneira muito simples e flexível. É o que já acontece com a internet, com a qual de qualquer sala de aula do planeta, pode-se acessar inúmeras bibliotecas em várias partes do mundo.


Na sociedade da informação a escola deve servir de bússola para navegar nesse mar do conhecimento, superando a visão utilitarista de só oferecer informações “úteis” para a competitividade, para obter resultados. Ela deve oferecer uma formação geral, integral, passando inclusive pela linguagem eletrônica. O que significa servir de bússola? Significa orientar criticamente, sobretudo as crianças e jovens, na busca de uma informação que os faça crescer e não embrutecer. Pensem nisto! Namastê!

sábado, 14 de agosto de 2010

- Não vai dar naaaada!*


De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto. (Ruy Barbosa, 1914)
Quando tropeço na minha convicção espiritual, que assegura que pagamos muito caro com a perda de uma quantidade ínfima qualquer de virtude, impávida diante de impropérios desmesurados, sinto vergonha de mim, por ter sido educadora de parte desse povo triunfense e de algumas de suas autoridades. 

Envergonho-me por ter batalhado sempre pela justiça, por compactuar com a honestidade, por primar pela verdade e por ver que o caminho da desonra é trilhado por aqui, serenamente, ou aplaudido, quando não é ele mesmo o caminhante. 

Sinto vergonha de mim por ter feito parte de uma era que lutou pela democracia, pela liberdade, pela paz, pelo amor, e agora só tem para entregar aos jovens a derrota das virtudes pelos vícios. A ausência da sensatez no julgamento da verdade, a negligência com o outro, a demasiada preocupação com a satisfação própria, a qualquer preço, mesmo que a tal felicidade individualista implique em espraiar o desrespeito aos quatro cantos desta cidade, nos lares e nas instituições, até mesmo nas Escolas. 

Tenho vergonha de mim pela passividade em ouvir, sem despejar meu verbo, a tantas desculpas ditadas pelo orgulho e vaidade, a tanta falta de humildade para reconhecer um erro cometido, a tantas desculpas para justificar atos criminosos, a tanta relutância em esquecer a antiga posição de sempre contestar, voltar atrás e mudar o futuro.Ah, meus Verdes Anos!

Mesmo envergonhada, hoje lavo minha alma, desamordaço a garganta, solto as palavras, há tempo trancadas, para defender a minha terra, dos ímpios. De sentinela, no Sentinela, meu dia de Ruy Barbosa chegou enfim! 

Tenho vergonha de mim, tornada dinossauro, pois faço parte de um povo que não reconheço, que envereda por caminhos que nunca pensei conhecer e jamais quero percorrer.Tenho vergonha da minha impotência, da minha falta de garra, das minhas desilusões e do meu cansaço. 

Não tenho para onde ir, e nem quero ter, pois amo este meu chão, as águas dos três rios que o banham, me estabilizam, e vibro ao ouvir seu hino, poeticamente composto pela grande Selminha que, vergonhosamente, perdeu a autoria, por um ato legislativo irresponsável. Ao lado da vergonha de mim, tenho tanta pena de ti, povo triunfense! 

Em tempo: desrespeitoso o 1º ato do Presidente da Câmara João Batista, diante da manifestação popular na última sessão, ao ameaçar mandar ‘evacuar’ a Câmara pela Brigada... Mesmo sendo o vereador mais jovem que Triunfo já teve, parece desconhecer a força (legítima) que temos quando atravessamos a juventude. Entre os muitos jovens presentes, uma delas gritou-lhe: - Como vão nos mandar embora, se esta é a Casa do Povo? 

E por falar em mandar embora, como fica o ex-presidente Fábio em licença do cargo; vai para casa, para não atrapalhar as investigações da CPI, ou volta à cadeira de vereador, com direto a vez, voz e voto? Pensem nisso! Namastê!

*Adaptação de ‘Tenho Vergonha’,de Cleide Canton, publicado em sua página na internet.

sábado, 7 de agosto de 2010

Obsessão espiritual reconhecida pelo CID e DSM IV



O homem não é só um corpo carnal. Esta é uma revolução do conceito de homem muito maior do que a revolução da Cosmovisão em que o Geocentrismo (a Terra é o centro de tudo) cedeu lugar ao heliocentrismo (o Sol é o centro de tudo .Masaharu Taniguchi
Embora o Código Internacional de Doenças, CID,  e o Manual de Estatística de Desordens Mentais da Associação Americana de Psiquiatria,  -DSM IV , desde  1998,  reconheçam o estado de transe e possessão como a perda transitória da identidade, com manutenção de consciência do meio ambiente, fazendo a distinção entre os normais,  ou seja, os que acontecem por incorporação ou atuação dos espíritos,  e os  patológicos ,  provocados por doença,  o que ocorre é que  ainda muitos médicos rotulam todas as pessoas que dizem ouvir vozes ou ver espíritos como psicóticas. E o pior, é que se forem seus clientes, tratam-nas com medicamentos pesados pelo resto de suas vidas. Vidas?
Portanto, a Psiquiatria já faz a distinção entre o estado de transe normal e o dos psicóticos que seriam anormais ou doentios.
O próprio DSM IV  alerta que o médico deve tomar cuidado para não diagnosticar de forma equivocada como alucinação ou psicose, casos de pessoas de determinadas comunidades religiosas que dizem ver ou ouvir espíritos de pessoas mortas, porque isso pode não significar uma alucinação ou loucura.
Os casos, por exemplo, em que a pessoa entra em transe durante os cultos religiosos e sessões mediúnicas não são considerados doença. Neste aspecto, a alucinação é um sintoma que pode surgir tanto na ‘loucura’(transtornos mentais psiquiátricos) como na interferência de um ser desencarnado, gerando a obsessão espiritual.
Felizmente, o número de médicos - e outros profissionais que trabalham com a dor humana e suas tentativas de cura, ou pelo menos  alívio -  começam a perceber e a tratar  mais do que as vísceras embutidas no corpo, incluindo também o espírito que habita este corpo,  já é considerável.
Os preconceitos começam a cair por terra, não tão ligeiro como gostaríamos; observem que  Carl Gustav Jung, discípulo de Freud, já naquela época, teria estudado  o caso de uma médium que recebia espíritos por incorporação nas sessões espíritas.
 Mas temos muita esperança de que em breve todas as faculdades de medicina e áreas afins estudem e pratiquem uma medicina mais espiritualizada.
Até mesmo a Rede Globo, vem prestando um serviço à causa, com a atual novela das seis,  ao  abordar  novamente a temática da comunicação dos espíritos, da reencarnação, popularizando mais o tema e levando ao debate , mesmo que informal, considerando-se sua elevada audiência.
E para encerrar, raciocinem comigo: todos hão de convir que é bastante palpável que haja vida além dessa nossa singela trajetória por este planeta. A própria Ciência, via física quântica, está capitulando.
Nos dias de hoje, nem mesmo um materialista convicto pode, em sã consciência, imaginar que este universo incomensurável, no qual a terra é apenas comparável a um grão de areia na Via Láctea, entre milhões de outras galáxias existentes,  tenha sido construído para o homem reinar soberano, no máximo por cento e poucos  anos.Pense nisso! Namastê!

sábado, 31 de julho de 2010

Pesquisas afirmam que o povo brasileiro é o que mais faz uso do abraço em seu dia a dia


Cientistas que trabalham com o tema, descobriram por que o abraço dá prazer, porque a pele humana possui uma rede de nervos que estimula uma resposta de prazer à carícia. A descoberta – que ocorreu de maneira inusitada: foi publicada pela revista 'Nature Neuroscience'.

Médicos observaram que uma mulher que não possuía nenhum tato relatava sentir 'prazer' quando sua pele era acariciada, nos testes. A paciente sofria de uma desordem que a deixou sem as chamadas fibras mielinatadas – que formam uma rede de nervos condutores que envia os sinais do toque em até 60 m por segundo para o cérebro. 

Existe no entanto uma segunda rede de nervos de fibras não-mielinatadas, chamadas C-palpáveis (CT), que conduzem os sinais na velocidade de 1m/seg., que deve ser usada para transmitir os aspectos inconscientes do toque, por funcionar de forma tão lenta.
Os estudiosos acreditam que o CT conduza emoções ou um senso de personalidade, podendo ser importantes para respostas emocionais, hormonais e de comportamento, geradas pelo toque. 

Provavelmente, o estímulo das fibras CT está associado à liberação de hormônios do prazer, como a oxicitocina. Outros estudos indicam que se você acaricia crianças, os níveis de oxitocina aumentam. 

Comentei tudo isso para dizer que no Brasil estamos salvos, se depender do abraço... Podemos ter todos os defeitos do mundo, mas temos consciência de que temos uma índole pacífica. Somos carinhosos e acolhedores. O Brasil cultua a Paz, e é um dos raros paises do Mundo que praticamente não fez guerra em quinhentos anos.


Pierre Weil renomado psicólogo francês, que morou no Brasil por mais de cinqüenta anos, enaltece o nosso povo pela gentileza e o carinho do abraço aqui institucionalizado: “Eu costumo dizer que entre as possíveis exportações brasileiras figura o abraço; enquanto muçulmanos e judeus estão a se massacrarem reciprocamente, no Brasil convivem numa boa, cultivando amizade irrestrita”, diz ele, que descreve uma série de abraços made in Brazil:


O mais freqüente é o abraço caloroso, que se dá depois de uma longa ausência, para matar a saudade. Amigos que se encontram por acaso podem também expressar com ele a sua surpresa. Num outro extremo se situa o abraço superficial, que apareceu mais recentemente, à medida que os costumes se globalizam e que o Brasil perde as suas característica culturais próprias. 

Nos abraços entre homens e mulheres, há em primeiro lugar o abraço afetuoso e amigo, dos que se conhecem há muito tempo; o seu espírito é muito diferente do abraço dos que constituem um par, amantes ou casados. Nos que não são nem amigos íntimos nem amantes, existe um abraço intermediário, uma espécie de abraço cauteloso, mostra afeto, mas sem que o outro possa suspeitar alguma segunda intenção sensual...


Noto que com os inúmeros sites de relacionamento na Web, mesmo as pessoas mais sisudas começam a espraiar abraços, primeiro através dos recados prontos, já existentes na Rede, depois digitados pelo “amigo” e depois, quando há o encontro ao vivo, ele ocorre sem cerimônia... Precisamos exportar o abraço brasileiro, promotor da paz e do amor e antídoto para as guerras e a violência em geral. Pense nisso! Namastê!

sábado, 24 de julho de 2010

Prioriza a IQ quem é capaz de usá-la em benefício de todos


No mundo onde cresce a passos largos o desenvolvimento da  inteligência artificial,  estão a surgir mil adjetivos para qualificar a inteligência em  teorias,como as de Gardner,  das Inteligências Múltiplas. O terapeuta  Jorge Menezes cunhou mais uma delas, descrita no livro Inteligência quântica: aplicações da teoria quântica na transformação humana.

A palavra Inteligência, a grosso modo, significa: destreza mental; habilidade para  aprender; capacidade de apreender ou compreender; agudeza de raciocínio, perspicácia; faculdade para adaptar-se facilmente; boa interpretação, percepção... Mas, para o autor do livro, a verdadeira inteligência é a IQ, conceituada por ele como a capacidade que o ser humano tem de compreender e de logo encontrar a solução mais adequada para uma situação que se apresente. De antemão ele avisa que para que isso ocorra, é necessário não ter preconceitos, porque uma pessoa preconceituosa é sempre limitada, cria condições e restrições ao mesmo tempo. Quando nos descondicionamos, ampliamos a consciência e aumentamos a capacidade de enxergar infinitas possibilidades.

Embora nos dias atuais se fale em inteligência lingüística e verbal;inteligência matemática e lógica; inteligência emocional e tantas outras espécies de inteligência – estratificada pelos cientistas muito mais para  tipificar os seres humanos - todas se restringem ao tipo de capacidade que a pessoa possui ou que possuirá um dia, conforme se dedique, mais ou menos, ao seu desenvolvimento.  A IQ, no entanto, se refere ao ser como um todo, não se limitando às suas capacidades específicas, ao mesmo tempo em que permite trazer para o consciente infinitas outras capacidades.

Menezes afirma que com a IQ, a pessoa vai muito além de suas capacidades. Diante da ampliação da consciência ela passa a compreender e sentir-se como um ser infinito e responsável por tudo o que cria para a sua vida e também para todo o universo, a partir das vibrações que emite. A transformação humana alcançada através da aplicação da teoria quântica deve beirar o extraordinário, tamanha é a abrangência das possibilidades que traz no seu bojo. Já não importa tanto à pessoa com a consciência ampliada, se ela é capaz de realizar algo específico. Cessam todas as disputas, as competições, a baixa autoestima... Guerras nunca mais!Ela sabe que é ela é capaz! 

Não há limites para as capacidades que podem ser acessadas pelo ser humano, na biblioteca de seu espírito, explica o escritor.  Ao expandir-se, a própria consciência pode trazer, pela via da regressão - ou por outro método diverso - o que já foi capaz de fazer no passado para voltar a utilizar no presente, e, a partir disso, poder desenvolver outras novas habilidades

O ser que se percebe infinito é capaz de despertar talentos, interesses e motivações que estão adormecidos na memória de suas células. O corpo quântico é o corpo compreendido em toda a sua estrutura, além dos limites do físico e integrado a todo o universo. É nele que estão contidos os registros de todas as vidas. Absolutamente tudo o que você experimentou  está registrado na memória de suas células, no seu DNA, é só resgatar.Vale conferir, não?Namastê!



sábado, 17 de julho de 2010

Honra é um dos valores a ser ensinado desde a mais tenra infância, porque depois já será tarde...

Crianças pequenas precisam receber dos pais e cuidadores, a devida atenção às suas boas e más inclinações. Seus pequenos deslizes, não podem ser ocultados e jamais aplaudidos, como gracinhas de criança. Já chega a suficiente e desnecessária carga de maus exemplos que os pequenos recebem dos próprios pais, dos irmãos mais velhos, das babás, das domésticas e até mesmo dos profissionais e coleguinhas das Escolas de Educação Infantil que frequentam. 

Se as crianças desrespeitam horários estabelecidos, devemos cobrar delas uma mudança de comportamento. Se prometem alguma coisa e não cumprem, devemos-lhes falar sobre a importância da palavra de honra, pois, caso contrário, a palavra empenhada não será cumprida, quando adultos, se nós não fizermos nada para que seja. 

A par disto, há pais que prometem e não cumprem, dizem que vão fazer e não fazem, falam, mas a sua palavra não tem o menor peso... Lamentável!É importante que pensemos a respeito das causas antes de reclamar dos efeitos. Cabe-nos ensinar aos meninos que as irmãs dos outros devem ser respeitadas tanto quando as suas. Que a palavra sempre deve ser honrada por aquele que a empenha. Ensinar o respeito aos semelhantes, não os fazendo esperar horas a fio para só depois atender, como se estivéssemos fazendo um grande favor. Enfim, ensinar a estas crianças que devem fazer aos outros, o que gostariam que os outros lhes fizessem, como reza a Ética. 

Em geral se considera que existe dentro de cada indivíduo um código moral – em grande parte proposto pelo meio social e familiar – cuja transgressão determina uma sensação desagradável de tristeza e vergonha que costumamos chamar de culpa. 

A experiência, porém, nos tem obrigado a ver as coisas de uma maneira bastante diversa.
A maioria das pessoas interrompe desde muito cedo o processo de sair de si mesma e também de tentar enxergar o mundo pelos olhos dos outros. Isto, evidentemente não é assim somente porque a pessoa deseja, e sim devido a uma grande fragilidade interna que a torna permanentemente ocupada consigo mesma e com seus interesses. São as chamadas pessoas egoístas. 

O egoísta não desenvolve um verdadeiro senso moral, se comporta sempre com o objetivo de tirar o melhor proveito para si, em cada situação, o que muitas vezes chega a coincidir ou colidir com a Ética. 

Por outro lado, não há efeito sem causa. Basta olhar à nossa volta para nos entristecermos, para não dizer coisa pior. A Política está desacreditada, os nossos direitos são desrespeitados a todo o momento, os cidadãos não sabem onde termina o limite do seu direito e onde começa o dever do Estado, e por isso, muitas vezes, fazem pleitos e críticas sem consistência. 

É hora de nos conscientizarmos de que o presente caos no nosso planeta não é culpa do astral, dos governos, do outro, mas de cada um de nós. Vamos começar aceitando esse desafio, organizando e transformando o nosso caos interior, familiar e social em algo positivo e harmônico. Vamos acreditar nos nossos Dever e Poder. Pensem nisso!Namastê!

sábado, 10 de julho de 2010

Louco, Santo ou Gênio?


Bem poucas vezes somos senhores de nós mesmos.Milhares queremos, e não podemos; milhares fugimos e não escapamos; milhares nos esquivamos e à força prestamos!
( Robespier, in Lanterna de fogo).
José Joaquim de Campos Leão, Qorpo-Santo, figura ímpar, parece ser a mais controvertida da dramaturgia nacional. Sua obra ora é apontada como produto de uma mente inferior, perturbada pela doença mental, ora como produto de uma mente genial, que não é compreendida. Quem sabe uma mente genial que se mascara com a loucura?
No seu teatro, cada personagem, além de surgir como um dos veículos de sua vingança contra o meio social e os desajustes humanos, é a expressão da criação artística em seu mais alto grau de elaboração em várias obras, inclusive nesta que usamos para as citações: ‘Lanterna de Fogo’.
A sociedade impõe ao indivíduo diversas normas. Tal forma fixa de viver, para os mais sensíveis, acaba sufocando por completo o movimento natural de suas existências. Não raro, para enfrentar essas regras,  vestem-se com  máscaras para evitar  o conflito com a sociedade vigente. Qorpo-Santo é um ser dividido entre o que a sociedade dita como certo e o que ele próprio assim o considera.
A máscara de marginal, é preciso dizer, não é escolhida pelo próprio indivíduo. É atribuída pela sociedade àqueles que não aceitam se submeter ou se adaptar a ela. De modo especial, a máscara de louco é um instrumento indispensável para a manutenção do status quo social, sobretudo da instituição familiar.A atribuição da máscara da loucura é um gesto que tem significado político, moral, religioso, econômico e social, é o meio que permite ao grupo eliminar os elementos diferentes, considerados  nocivos.
Qorpo- Santo, enquanto dramaturgo -  e louco  - encontra chance de flagrar suas denúncias. Sua revolta não se conduz em uma única direção, seu teatro revisa as relações entre Deus e o homem, o homem e a comunidade, e do homem consigo mesmo.Por repetidas vezes, os laudos médicos o consideraram  apto para gerir seus bens, gozando de plena saúde mental, apresentando apenas um acréscimo de atividade cerebral, uma vivacidade e atividade maior do pensamento.Entretanto, os últimos laudos já não são unânimes e acabam levando-o a ser interdito pela Justiça. Parecendo que a insistência com que a família tenta fazer dele um demente, acaba tendo seus frutos.
Vendo-se impossibilitado de provar, em definitivo, sua sanidade, Qorpo-Santo toma para si o papel de louco para não mais o largar. Afinal, como diz o criado ‘Impertinenti’,na peça ‘As Relações Naturais’: ‘o direito há muito que é morto’ . É ironicamente que o dramaturgo admite a teoria de que ‘se é impossível deixar de representar um papel, então a única alternativa é interpretar o papel até os seus limites extremos’.Ele  reconhece os limites de sua resistência para lutar contra a sociedade, uma vez que ‘sempre a Lei, a Razão e a Justiça triunfam da perfídia, da traição e da maldade’, (in ‘Hoje sou um ; e Amanhã Outro’).
Afinal, como diz Robespier: ‘Não querem os homens crer nesta verdade eterna e é ... que Deus criou o homem livre para ser feliz. E à sua Imagem para ser orgulhoso, ou altivo.’  Que viva  Qorpo-Santo para sempre,  em Triunfo e de Triunfo para o mundo!Namastê!

sábado, 3 de julho de 2010

A UNIPAZ sonha com a melhoria dos seres para o planeta Terra


A Universidade da Paz, Universidade Holística Internacional de Brasília, trabalha com uma equipe interdisciplinar baseada em uma teoria fundamental: a visão holística do ser humano, que passa pelo relacionamento do homem com ele mesmo (ecologia interior), com os outros (ecologia social) e com a natureza (ecologia ambiental).  Nós não somos separados. Cada um faz parte do todo. 
Os conceitos teóricos na UNIPAZ são transformados em dois modelos educacionais: A Roda da Destruição e a Roda da Paz. No primeiro é feito o diagnóstico da destruição da vida no planeta, e para tanto, a gênese dessa destruição é reconstituída. 
A fantasia da separatividade   -  vademecum da ciência, que a física quântica está questionando –  que separa o indivíduo do mundo, em sujeito-objeto,  levando o homem ao apego, a emoções destrutivas, porque  tudo que lhe dá prazer no mundo ele quer para si.  E esse ser em destruição no plano da mente, das emoções e do corpo, vai criar uma sociedade desajustada, tanto no plano da Cultura como no plano da vida social, da Economia e do habitat.

Essa sociedade desajustada reforça o desajuste do indivíduo, a aquisição de crenças e comportamentos, que são incorporados por todos e passam a ser considerados normais, mas que na verdade são altamente destrutivos, como por exemplo: declarar guerra e matar o inimigo, como achavam normal a prática do duelo, como acham normal fumar...

Na UNIPAZ retoma-se o modelo, homem-sociedade-natureza e trabalha-se com a transmutação, com formas positivas, construtivas de ver, sentir e viver a vida na terra. 
                                                                                                            No plano de Ecologia Individual, é trabalhado o despertar, no nível da mente, da Sabedoria; no nível da emoção o Amor, a Alegria, a Compaixão e a Equanimidade; e no nível corporal, a Saúde - saúde no sentido da OMS - estado de equilíbrio interno, no conjunto, equilíbrio não só do sistema individual, mas dos Sistemas Social e Planetário.    
 
E, no plano da Ecologia Social, trabalha-se com uma nova ética que integra os grandes valores da humanidade como Liberdade, Igualdade, Fraternidade, Beleza, Verdade, Justiça e ainda, Cooperação, em vez de competição, conforto essencial nos países pobres e limitação do consumismo nos países ricos.

No plano da Ecologia Ambiental, é buscada a harmonia com a natureza, com os cinco elementos (terra, água, ar, fogo e espaço), o respeito à vida e o conhecimento cada vez maior da programática da natureza. Se aplicarmos esse modelo educacional em universidades, escolas e empresas, poderemos ainda salvar a vida do Planeta, quem sabe?

 O plano de educação também se subdivide em três níveis - sensibilização, formação e pós-formação. No plano de Estudos e Pesquisas, o trabalho  compreende desde estudos de acompanhamento pedagógico, até investigações sobre assuntos como a Transcomunicação com seres de outras dimensões. No plano da Ação Reparadora, o Colégio 
Internacional dos Terapeutas recicla terapeutas enfocando o 
Indivíduo, a Sociedade e a Natureza.

Não é preciso ser Psicólogo ou Professor para ingressar nessa universidade aberta a todo tipo de profissional que se interesse em tornar o nosso planeta e os homens melhores! Reflita sobre isso! Namastê!