TRADUÇÃO

sábado, 19 de junho de 2010

POR UMA ESCOLA REGULAR DE ESPECIAL QUALIDADE PARA TODOS



A proposta da Inclusão, pressupõe uma sociedade onde imperem sentimentos sadios de cooperação, solidariedade e respeito às diferenças de etnia, religião, gênero, lingüísticas, capacidades, deficiências, etc.

Uma sociedade onde crianças, jovens e adultos – com ou sem deficiência – residentes em zonas urbanas ou rurais, em grandes e pequenas cidades, tenham mais sucesso em suas vidas e – substancialmente - na maravilhosa experiência da aprendizagem acadêmica, a qual todos têm direito - ou pelo menos deveriam tê-lo.

A riqueza e a complexidade da inclusão assusta muito alguns professores, devido ao seu despreparo – emocional e acadêmico - para lidar com a realidade multifacetada. (que diga-se de passagem é a única que existe)

Num cenário de desmotivação para viver a experiência da escola inclusiva, somando-se os baixos salários, dupla jornada de trabalho, sentimentos de rejeição e revolta, decorrentes das imposições “de cima”, por “força da lei” , entre outros motivos , o professor reluta...

E o pior, é que suas queixas são verdadeiras e afetam até mesmo aqueles que acreditam piamente no ser humano e na importância do saber, como um bem essencial à vida de todos nós.

Todas as autoridades e as educacionais, em particular, precisam estar atentas à qualidade de formação inicial de nossos professores – em nível de 2º Grau ou Superior.

A formação de qualquer professor deve ser rica o suficiente para permitir não só uma fundamentação teórica de bom nível, mas uma consciência da realidade que irá atuar, pois a relação entre a habilitação acadêmica e o cotidiano das escolas está terrivelmente dissociada. 

Chega de taparmos o sol com a peneira, não são apenas os alunos os responsáveis pelo seu fracasso escolar. A situação descrita acima constitui a causa número um dos altos índices de fracasso escolar … Só não vê quem não quer ver! 

Todo professor deve ser um especialista em aluno – um ser, com sentimentos e desejos, que evolui e constrói conhecimentos a partir da bagagem de formação e informações que traz ao chegar à Escola. 

Especialistas em alunos – seres que necessitam ser formados como pessoas; capacitados para pensar bem, como prega Edgar Morin, e agir no exercício da cidadania. 

Todo professor deve ter uma visão de conjunto: especialista em sociedade e educação na sociedade, como prega Freire. Pessoas hábeis e criativas na práxis professor-aluno, para ajudarem aos menos vividos na academia na construção de um saber crítico e reflexivo.

Professores que saibam formar cidadãos, que tão logo tenham consciência da importância, ajudem na construção de um mundo mais fraterno e solidário, que persiga a paz entre os homens.

A escola inclusiva não é aquela que apenas abre matrículas para receber pessoas com deficiência, mas aquela que dá acesso, ingresso e permanência para estes alunos e todos os outros que baterem às suas portas. E, ao recebê-los, integra-os à totalidade do grupo, tornando-os aprendizes da experiência de pertencer à sociedade, como seres humanos de 1ª grandeza: aprendizes do sucesso, vivenciando as benesses e as responsabilidades de ser cidadão.

Reflitam sobre isso! Eu estou de sentinela, e você? Namastê!

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