TRADUÇÃO

sábado, 28 de agosto de 2010

Lute para ser mais do que um bom professor!



Augusto Cury em Pais brilhantes & Professores fascinantes comenta que a tarefa de educar se compara a de um artesão da personalidade, um poeta da inteligência. Por mais que a tecnologia venha a se superar, mais do que nunca os educadores, apesar de suas dificuldades, são insubstituíveis. A gentileza, a solidariedade, a fraternidade, a ética, a tolerância, a inclusão, os sentimentos altruístas não podem ser ensinadas por máquinas.

Dentre as tarefas de um professor fascinante, está a de educar a emoção – a sua e a dos seus discípulos. Precisamos formar jovens que tenham uma emoção rica, protegida e integrada.

Fôssemos todos educados nesta área, e não teríamos os psicopatas em profusão, os insensíveis, que machucam e não medem as conseqüências dos seus atos, por que nada sentem. Os hipersensíveis, que se doam além dos limites, mas não possuem proteção emocional para si mesmos. Os alienados, que não ferem e, no entanto, não querem nada com nada, sem metas, sem futuro, sem sonhos, deixam-se levar pela vida....

Além de educar a emoção, precisamos ensinar os alunos a serem pensadores e não repetidores de informação. Um bom professor se preocupa com as notas dos alunos, já um professor fascinante se preocupa em tranformá-los em engenheiros de idéias.

O psiquiatra alerta aos professores, que diante de uma ‘crise’ professor-aluno, a melhor resposta nestas horas é não dar resposta alguma. É o silêncio! Respirar fundo e surpreender a classe com gestos inesperados. Levá-los, com suas palavras, e coração aberto, a pensar, a mergulharem dentro de si. Não é fácil, mas é possível! Com a emoção tensa obstrui-se a construção de cadeias de pensamento e agimos por instinto, não com a inteligência, mas como animais.

Professores fascinantes são promotores de auto-estima. Dão atenção especial aos alunos tímidos e aos desprezados pelo grupo, pois percebem que estes poderão ficar encarcerados em seus traumas.

Cury aponta 7 pecados capitais cometidos entre os educadores: Corrigir publicamente um aluno é o primeiro, gera traumas que controlam as vítimas por toda a vida. A pessoa que erra deve ser mais valorizada do que o erro. O segundo é expressar autoridade com agressividade. O terceiro é ser excessivamente crítico, o que obstrui a infância ou adolescência. Punir quando se está com raiva e colocar limites sem dar explicações é o quarto pecado.

O quinto, é ser impaciente ou desistir de educar, não acreditando nas potencialidades do aluno. Os alunos insuportáveis é que testam o nosso humanismo, pois por trás de cada aluno arredio ou agressivo há uma criança implorando afeto. O sexto pecado é não cumprir a palavra dada. Perde-se a confiança e confiança perdida dificilmente é restaurada... E o sétimo, e maior pecado cometido pelos educadores, na concepção de Cury, é a destruição da esperança e dos sonhos dos nossos alunos.

Os jovens que perdem a esperança têm enormes dificuldades para superar seus conflitos, por menores que sejam. Os que perdem seus sonhos são opacos, não tem brilho, gravitam em torno de suas misérias emocionais e nada produzem. Sejamos, pois, conscientes do que ‘construímos’ em nossas salas de aula. Pense nisso! Namastê!

sábado, 21 de agosto de 2010

Enquanto supersônicos atravessam o céu, crianças surfam na internet, a Educação risca a giz suas lições no quadro-negro...


 Sobretudo em conseqüência da informatização e do processo de globalização das telecomunicações a ela associado, o conhecimento passou a ser o grande capital da humanidade. A par de sua capitalização, tornou-se básico  para a sobrevivência e por isso precisa ser disponibilizado a todos. Esta é a função das  instituições que se dedicam ao conhecimento, apoiadas nos avanços tecnológicos.


As novas tecnologias nos permitem acessar não apenas conhecimentos transmitidos por palavras, mas também imagens, sons, fotos, vídeos, etc. Sob uma perspectiva transformadora, cabe à escola na sociedade informacional, a organização de um movimento global de renovação cultural, aproveitando-se de toda essa riqueza de informações. 


Nos últimos anos a informação deixou de ser uma área ou especialidade, para tornar-se uma dimensão de tudo, transformando profundamente a forma como a sociedade se organiza. Pode-se dizer que está em andamento uma Revolução da Informação como ocorreu no passado a Revolução Agrícola e a Revolução Industrial.


A escola não pode ficar a reboque das inovações tecnológicas. Ela precisa ser um centro de inovação. Nós temos uma tradição de dar pouca importância à educação tecnológica, a qual deveria começar já na educação infantil. Os que defendem a informatização da educação sustentam que é preciso preservar ao cérebro humano somente o que lhe é peculiar: a capacidade de pensar.

Os sistemas educacionais,  em geral, ainda não conseguiram avaliar suficientemente o impacto da comunicação audiovisual e da informática, seja para informar, seja para bitolar ou controlar as mentes. Trabalhamos muito, ainda, com recursos tradicionais, que têm pouco apelo para as crianças e jovens. A cultura do papel está muito arraigada ainda entre educadores - desconhecida pelos estudantes mais jovens, que dominam uma nova forma de se comunicar e apreender o mundo.  


Mas, se por um lado ingressamos na era do conhecimento, temos que admitir que grandes massas da população estão  excluídas dele.  Muito  embora estejamos vivenciando o predomínio da difusão de dados e informações e não de conhecimentos. Mas graças às novas tecnologias estes  vão sendo estocados, muito rapidamente, de forma prática e acessível, em gigantescos volumes de informações, armazenadas, inteligentemente, permitindo a pesquisa e o acesso de maneira muito simples e flexível. É o que já acontece com a internet, com a qual de qualquer sala de aula do planeta, pode-se acessar inúmeras bibliotecas em várias partes do mundo.


Na sociedade da informação a escola deve servir de bússola para navegar nesse mar do conhecimento, superando a visão utilitarista de só oferecer informações “úteis” para a competitividade, para obter resultados. Ela deve oferecer uma formação geral, integral, passando inclusive pela linguagem eletrônica. O que significa servir de bússola? Significa orientar criticamente, sobretudo as crianças e jovens, na busca de uma informação que os faça crescer e não embrutecer. Pensem nisto! Namastê!

sábado, 14 de agosto de 2010

- Não vai dar naaaada!*


De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto. (Ruy Barbosa, 1914)
Quando tropeço na minha convicção espiritual, que assegura que pagamos muito caro com a perda de uma quantidade ínfima qualquer de virtude, impávida diante de impropérios desmesurados, sinto vergonha de mim, por ter sido educadora de parte desse povo triunfense e de algumas de suas autoridades. 

Envergonho-me por ter batalhado sempre pela justiça, por compactuar com a honestidade, por primar pela verdade e por ver que o caminho da desonra é trilhado por aqui, serenamente, ou aplaudido, quando não é ele mesmo o caminhante. 

Sinto vergonha de mim por ter feito parte de uma era que lutou pela democracia, pela liberdade, pela paz, pelo amor, e agora só tem para entregar aos jovens a derrota das virtudes pelos vícios. A ausência da sensatez no julgamento da verdade, a negligência com o outro, a demasiada preocupação com a satisfação própria, a qualquer preço, mesmo que a tal felicidade individualista implique em espraiar o desrespeito aos quatro cantos desta cidade, nos lares e nas instituições, até mesmo nas Escolas. 

Tenho vergonha de mim pela passividade em ouvir, sem despejar meu verbo, a tantas desculpas ditadas pelo orgulho e vaidade, a tanta falta de humildade para reconhecer um erro cometido, a tantas desculpas para justificar atos criminosos, a tanta relutância em esquecer a antiga posição de sempre contestar, voltar atrás e mudar o futuro.Ah, meus Verdes Anos!

Mesmo envergonhada, hoje lavo minha alma, desamordaço a garganta, solto as palavras, há tempo trancadas, para defender a minha terra, dos ímpios. De sentinela, no Sentinela, meu dia de Ruy Barbosa chegou enfim! 

Tenho vergonha de mim, tornada dinossauro, pois faço parte de um povo que não reconheço, que envereda por caminhos que nunca pensei conhecer e jamais quero percorrer.Tenho vergonha da minha impotência, da minha falta de garra, das minhas desilusões e do meu cansaço. 

Não tenho para onde ir, e nem quero ter, pois amo este meu chão, as águas dos três rios que o banham, me estabilizam, e vibro ao ouvir seu hino, poeticamente composto pela grande Selminha que, vergonhosamente, perdeu a autoria, por um ato legislativo irresponsável. Ao lado da vergonha de mim, tenho tanta pena de ti, povo triunfense! 

Em tempo: desrespeitoso o 1º ato do Presidente da Câmara João Batista, diante da manifestação popular na última sessão, ao ameaçar mandar ‘evacuar’ a Câmara pela Brigada... Mesmo sendo o vereador mais jovem que Triunfo já teve, parece desconhecer a força (legítima) que temos quando atravessamos a juventude. Entre os muitos jovens presentes, uma delas gritou-lhe: - Como vão nos mandar embora, se esta é a Casa do Povo? 

E por falar em mandar embora, como fica o ex-presidente Fábio em licença do cargo; vai para casa, para não atrapalhar as investigações da CPI, ou volta à cadeira de vereador, com direto a vez, voz e voto? Pensem nisso! Namastê!

*Adaptação de ‘Tenho Vergonha’,de Cleide Canton, publicado em sua página na internet.

sábado, 7 de agosto de 2010

Obsessão espiritual reconhecida pelo CID e DSM IV



O homem não é só um corpo carnal. Esta é uma revolução do conceito de homem muito maior do que a revolução da Cosmovisão em que o Geocentrismo (a Terra é o centro de tudo) cedeu lugar ao heliocentrismo (o Sol é o centro de tudo .Masaharu Taniguchi
Embora o Código Internacional de Doenças, CID,  e o Manual de Estatística de Desordens Mentais da Associação Americana de Psiquiatria,  -DSM IV , desde  1998,  reconheçam o estado de transe e possessão como a perda transitória da identidade, com manutenção de consciência do meio ambiente, fazendo a distinção entre os normais,  ou seja, os que acontecem por incorporação ou atuação dos espíritos,  e os  patológicos ,  provocados por doença,  o que ocorre é que  ainda muitos médicos rotulam todas as pessoas que dizem ouvir vozes ou ver espíritos como psicóticas. E o pior, é que se forem seus clientes, tratam-nas com medicamentos pesados pelo resto de suas vidas. Vidas?
Portanto, a Psiquiatria já faz a distinção entre o estado de transe normal e o dos psicóticos que seriam anormais ou doentios.
O próprio DSM IV  alerta que o médico deve tomar cuidado para não diagnosticar de forma equivocada como alucinação ou psicose, casos de pessoas de determinadas comunidades religiosas que dizem ver ou ouvir espíritos de pessoas mortas, porque isso pode não significar uma alucinação ou loucura.
Os casos, por exemplo, em que a pessoa entra em transe durante os cultos religiosos e sessões mediúnicas não são considerados doença. Neste aspecto, a alucinação é um sintoma que pode surgir tanto na ‘loucura’(transtornos mentais psiquiátricos) como na interferência de um ser desencarnado, gerando a obsessão espiritual.
Felizmente, o número de médicos - e outros profissionais que trabalham com a dor humana e suas tentativas de cura, ou pelo menos  alívio -  começam a perceber e a tratar  mais do que as vísceras embutidas no corpo, incluindo também o espírito que habita este corpo,  já é considerável.
Os preconceitos começam a cair por terra, não tão ligeiro como gostaríamos; observem que  Carl Gustav Jung, discípulo de Freud, já naquela época, teria estudado  o caso de uma médium que recebia espíritos por incorporação nas sessões espíritas.
 Mas temos muita esperança de que em breve todas as faculdades de medicina e áreas afins estudem e pratiquem uma medicina mais espiritualizada.
Até mesmo a Rede Globo, vem prestando um serviço à causa, com a atual novela das seis,  ao  abordar  novamente a temática da comunicação dos espíritos, da reencarnação, popularizando mais o tema e levando ao debate , mesmo que informal, considerando-se sua elevada audiência.
E para encerrar, raciocinem comigo: todos hão de convir que é bastante palpável que haja vida além dessa nossa singela trajetória por este planeta. A própria Ciência, via física quântica, está capitulando.
Nos dias de hoje, nem mesmo um materialista convicto pode, em sã consciência, imaginar que este universo incomensurável, no qual a terra é apenas comparável a um grão de areia na Via Láctea, entre milhões de outras galáxias existentes,  tenha sido construído para o homem reinar soberano, no máximo por cento e poucos  anos.Pense nisso! Namastê!