TRADUÇÃO

sábado, 21 de agosto de 2010

Enquanto supersônicos atravessam o céu, crianças surfam na internet, a Educação risca a giz suas lições no quadro-negro...


 Sobretudo em conseqüência da informatização e do processo de globalização das telecomunicações a ela associado, o conhecimento passou a ser o grande capital da humanidade. A par de sua capitalização, tornou-se básico  para a sobrevivência e por isso precisa ser disponibilizado a todos. Esta é a função das  instituições que se dedicam ao conhecimento, apoiadas nos avanços tecnológicos.


As novas tecnologias nos permitem acessar não apenas conhecimentos transmitidos por palavras, mas também imagens, sons, fotos, vídeos, etc. Sob uma perspectiva transformadora, cabe à escola na sociedade informacional, a organização de um movimento global de renovação cultural, aproveitando-se de toda essa riqueza de informações. 


Nos últimos anos a informação deixou de ser uma área ou especialidade, para tornar-se uma dimensão de tudo, transformando profundamente a forma como a sociedade se organiza. Pode-se dizer que está em andamento uma Revolução da Informação como ocorreu no passado a Revolução Agrícola e a Revolução Industrial.


A escola não pode ficar a reboque das inovações tecnológicas. Ela precisa ser um centro de inovação. Nós temos uma tradição de dar pouca importância à educação tecnológica, a qual deveria começar já na educação infantil. Os que defendem a informatização da educação sustentam que é preciso preservar ao cérebro humano somente o que lhe é peculiar: a capacidade de pensar.

Os sistemas educacionais,  em geral, ainda não conseguiram avaliar suficientemente o impacto da comunicação audiovisual e da informática, seja para informar, seja para bitolar ou controlar as mentes. Trabalhamos muito, ainda, com recursos tradicionais, que têm pouco apelo para as crianças e jovens. A cultura do papel está muito arraigada ainda entre educadores - desconhecida pelos estudantes mais jovens, que dominam uma nova forma de se comunicar e apreender o mundo.  


Mas, se por um lado ingressamos na era do conhecimento, temos que admitir que grandes massas da população estão  excluídas dele.  Muito  embora estejamos vivenciando o predomínio da difusão de dados e informações e não de conhecimentos. Mas graças às novas tecnologias estes  vão sendo estocados, muito rapidamente, de forma prática e acessível, em gigantescos volumes de informações, armazenadas, inteligentemente, permitindo a pesquisa e o acesso de maneira muito simples e flexível. É o que já acontece com a internet, com a qual de qualquer sala de aula do planeta, pode-se acessar inúmeras bibliotecas em várias partes do mundo.


Na sociedade da informação a escola deve servir de bússola para navegar nesse mar do conhecimento, superando a visão utilitarista de só oferecer informações “úteis” para a competitividade, para obter resultados. Ela deve oferecer uma formação geral, integral, passando inclusive pela linguagem eletrônica. O que significa servir de bússola? Significa orientar criticamente, sobretudo as crianças e jovens, na busca de uma informação que os faça crescer e não embrutecer. Pensem nisto! Namastê!

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